Nesta postagem, uma breve catalogação de alguns instrumentos que compõem os BAQUES DO ACRE.
Estpu começando esta publicação, e aos poucos vou completando, tem muita coisa pra ver.
INDÍGENAS
TAMBOR CAIXA KAMPA
Neste modelo é feita pelas etnias Ashaninka e Manxineri, ambas oriundas do Perú. É feita de casca de árvore ou de tronco de toarí escavado, uma palmeira da região. São utilizadas peles de veado, porquinho do mato, cotia ou capelão. Os aros são feitos de cipó e as cordas de fibra de tucum.
TRUMPEH
Arco de boca, muito utilizado pela etnia Manxineri. È percutido com o dedo e com a outra extremidade presa aos dentes, produz harmônicos das notas musicais conforme a abertura da boca do executante. É próprio para os rituais de Ayahuasca, para chamar as mirações.
NORDESTINOS
HARMÔNICA
Trazida pelos soldados da borracha, também trouxe suas escolas nordestinas, com as afinações cromáticas para 8 baixos e também a de 12 e 24 baixos.
Existem relatos de diversos mapas de cromatização mas até o momento temos completos apenas 1 feito neste instrumento pelo músico João do Bandolim, morto em janeiro de 2013.
VIOLÃO CON AFINAÇÃO SUSTENIDA
Utilizada por Antonio Pedro também é citada por Julio Carioca Filho que era praticada pelo conhecido Chico Cego, antigo músico da comunidade do Daime do Mestre Irineu Serra.
A corda SOL e substituida por uma MI agudo e é afinada oitava acima, soando solta a nota SOL da 3a casa da 1a corda aguda MI.
Antonio Pedro relata que esta afinação dá o apoio necessário para sua voz. Esta alteração faz aparecer uma função encontrada na viola sertaneja ( dos repentistas nordestinos) chamada de rebote, só que é executada com o dedão para baixo, diferente da viola que com 3 cordas juntas na localização da 6a MI. A mesma função é utilizada por caminhos diferente e de forma econômica, utilizando somente 1 corda alterada.
O rebote da viola sertaneja possui a mesma afinação do chamado tikari dos instrumentos de corda da Índia (Sitar, Sarod, etc) e Iran ( Tar), também na mesma função de encalço rítmico agudo.
HÍBRIDOS
Instrumentos de provavel surgimento e adaptações nos seringais acreanos.
TAMBORIM
Nome genérico dado aos tambores em geral exceto para a zabumba e o pandeiro.
TAMBOR DE BORRACHA
Utilizado com corpo panela de esmalte com o fundo retirado, lata ou de madeira.
O latéx é defumado utilizando por exemplo uma bacia como forma, sendo curtida na sombra e no sol. Também era comum utilizar outros objetos já feitos de látex como bolsas, sacos e até sapatos encauxados ( embebidos de borracha de caucho) ou látex.
Esta pele é fixa ao corpo por pressão de cinta de látex chamada de sarnambi ou sernambí.
A sonoridade é rica em harmônicos e lembra o som produzido por bolas de futebol dente de leite ou balão de festa. Tocado com uma baqueta leve ou com a mão para não rasgar a pele propus frequências graves, um kick nítido e harmônicos em muitos níveis.
Fonte: Antonio Pedro, Antonio Honorato, Aldenor Costa, Seu Bima.
PANDEIROS DE APUÍ
Seus corpos feitos com aros retirados de raízes do apuí, árvore gigante que cresce a partir de copa de uma palheira. As raízes que parecem tábuas são cortadas dando origem a vários tipos de tambores, mas principalmente aos pandeiros que variam de 25 a 50cm de diâmetro. Sua forma circular é reforçada por aros cruzados internamente. Eram cobertos com pele de onça pintada, macaco capelão ou veado, esticados e fixos com pequenos pregos.
Fonte: Seu Bima.
ESPANTA -CÃO
Também conhecido como "Mãe do cão", "Violão do cão", este instrumento carrega em si simbolismos fortes misturados com humor, tanto por sua forma tanto pela execução e sonoridade.
É uma cruz de madeira com o pé de borracha defumada, platinelas nos braços e na cabeça, e um reco feito com molas, bambú ou ralo, no corpo.
Fonte: Antonio Pedro, Antonio Honorato, Aldenor Costa, Seu Bima.
me ajudou na escola
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